8 de janeiro de 2016

Divergente - Veronica Roth




Nome: Divergente
Autora: Veronica Roth
Páginas: 504
Editora: Rocco
Gênero: Distopia







 Sinopse

 Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.
E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
 Opinião
 Vocês já tiveram essa sensação? Quando ouvem alguém falando mal de algum livro, e então, instantaneamente, não sente mais vontade de ler aquele livro?
 Me arrependo de ter sentido isso em relação a Divergente.
 Conhecemos o mundo de uma Chicago futurista, onde a sociedade foi divida em 5 facções: Amizade, Audácia, Abnegação, Erudição e Franqueza, cada uma vivendo no seu estilo e defendendo seus ideais. Quando completam 16 anos, os jovens devem passar por um teste de aptidão e então a Cerimônia de Escolha, onde devem escolher em qual facção querem ficar. Eles tem as opções de viver com a família na facção onde foram criados, ou se aventurar em uma outra facção.
 A personagem principal é a Beatrice. Ela nasceu na Abnegação, mas se sente como um peixe fora d'água lá. Quando passa pelo teste de aptidão, descobre que é Divergente. Ela não sabe o que isso significa e nem como isso pode afetá-la ou afetar sua família, mas ela entende uma coisa: o governo pode matá-la por ser isso.
 Na Cerimônia de Escolha, ela se vê dividida entre permanecer na Abnegação, com sua família altruísta e segura, ou se aventurar na Audácia, uma facção pela qual ela sempre se sentiu encantada.
 Acho que todos nós já sabemos como acaba no final.
 Sim, Beatrice vai se aventurar na Audácia, deixando sua família sem nenhuma certeza do que quer. Ela muda seu nome para Tris e tem que enfrentar um duro treinamento para se tornar um membro de fato da facção, ou então irá morar na rua.

 A Tris é uma personagem de controversas. No começo, achei ela calma demais, quieta demais. O que foi ótimo, pois ao longo do livro, acompanhamos o crescimento da personagem. Ela deixa de se tornar  uma Careta, um apelido ofensivo para as pessoas da Abnegação, e se torna a primeira a pular de um prédio no dia da iniciação na Audácia.

 Em falar em personagens, esse livro tem de sobra. Foi a coisa que eu mais gostei em Divergente: consegui me apegar muito em alguns personagens e odiar outros até a morte, isso tudo em 500 páginas, coisa que é bem difícil de acontecer. Os amigos de Tris na Audácia, Will, Christina e Al, me encantaram completamente: aos poucos, foram tomando um espaço no meu coração. Peter e Eric são alguns que eu odeio até a morte. Peter veio da Franqueza, mas já quer tomar lugar na Audácia. Ele é totalmente arrogante e invejoso, e faz de tudo para que Tris não fique em 1° lugar. Já Eric é um dos instrutores, mas é perverso dos fios dos cabelos aos pés. É uma pessoa da Audácia treinado para fazerem os outros sofrerem.

 Vamos falar de Quatro agora. Ele é, digamos assim, o par romântico de Tris. É um instrutor também, mas nem um pouco mal. O que ele não tem de maldade ele tem de mistério. A única coisa que me irritou foi que, até a metade do livro, a Tris era uma chata falando de Quatro. Ela estava sempre falando como Quatro era lindo, como seus braços eram musculosos, como seu sorriso era brilhante, como suas frases eram enigmáticas... Tirando isso, Quatro é um personagem bem interessante, pelos seus horrores do passado. Você já devem saber o quanto sou apaixonada por personagens problemáticos.

 Também gostei do fato que Tris não é uma personagem super forte, super guerreira. Ela tem sua força, tem seus ideais, batalha por eles, mas não como algumas personagens de distopia que são feitas para serem postas em um pedestal. Talvez tenha sido esse o motivo por qual acham Tris inferior a Katniss. Nenhuma é maior nem menor que a outra. Katniss tem seu estilo batalhador, seu estilo lutando mesmo pelos seus ideais, enquanto Tris ainda está aprendendo a lutar e a se defender. Mas isso não faz Tris pior nem melhor que Katniss.

Sobre as pessoas acharem que é parecido com Jogos Vorazes: calem a boca, por favor. A única coisa que as duas trilogias tem em comum é que são distopias e que tem personagens principais mulheres. Apenas. Como distopia, o dever das duas é por um personagem para lutar pelos ideais, assim que descobre que o governo que ele está vivendo é corrupto e mentiroso. É isso que as distopias fazem. Então, por favor, parem de ficar comparando as coisas apenas para arrumarem brigas e desentendimento entre os fãs das duas trilogias.

No fim, o livro de Divergente recebe 4.5 estrelas, pois foi ótimo. Estou adorando participar da jornada de Tris, agora que finalmente ela descobriu as mentiras do governo e a distopia mesmo vai começar a acontecer. Esse primeiro livro serviu principalmente para nos familiarizarmos aos personagens, conhecermos Tris, conhecermos o mundo onde se passa a história, conhecer a magia de Divergente. 

 Então, Veronica Roth está de parabéns por me conquistar com os personagens e o enredo da história. Estou realmente muito animada para Insurgente, e logo depois, Convergente. 

4 de janeiro de 2016

Maze Runner: Ordem de Extermínio - James Dashner





Nome: Ordem de Extermínio
Autor: James Dashner
Páginas: 379
Editora: V&R






 Sinopse

 Antes de o CRUEL existir, antes que houvesse o Labirinto e muito antes que Thomas ingressasse na Clareira, as chamas solares assolaram a Terra e destruíram o mundo que a humanidade considerava salvo... Mark e Trina estavam lá quando tudo aconteceu, e sobreviveram. Mas sobreviver às chamas foi fácil se comparado ao que viria depois. Agora, um vírus que toma conta da mente com violência e dor se espalha por todo lugar e existe algo muito suspeito sobre sua origem. Pior ainda: ele está em mutação e as evidências sugerem que a humanidade se ajoelhará diante do caos, prevendo uma morte inevitável e assustadora. Mark e Trina estão convencidos de que existe uma maneira de salvar os poucos que restaram. E estão certos de que podem encontrá-los. Porque neste novo e devastado mundo, cada vida tem um preço. A sua também. E para alguns, você vale muito mais morto do que vivo.


 Opinião

 E quem disse que Maze Runner havia acabado?

 Nesse  livro extra de Maze Runner, conhecemos como tudo começou. Ele se passa um ano depois das Chamas Solares, quando o Fulgor é descoberto. Nele, acompanhamos Mark, com seus amigos Sombria, Trina, Alec, Lana, Darnell e Sapo, que tentam sobreviver apesar do mundo estar destruído.

 Admito que no começo do livro eu estava dormindo. Ele foi bem parado e chatinho, e eu estava me perguntando: ''para onde o James Dashner está me levando? Vários perguntas para nenhuma resposta novamente?''

 Me enganei completamente.

 Partir da página 169, prometo que tudo fica melhor. O mistério aumenta, os personagens ficam em mais risco de morte, e o leitor fica tenso. E vocês sabem o quanto eu gosto do quanto Maze Runner me deixa tensa. É quando nós começos a nos apegar aos personagens, começamos a entender por que tudo aconteceu como aconteceu nos primeiros livros, lá na trama do Thomas.

 James não me desaponta, como sempre. Dessa vez, ele coloca personagens engraçados, coisa que faltava antes. James também coloca um romance, que era algo que estava faltando lá nos primeiros livros também. Todas as dúvidas que eu ainda tinha, foram respondidas nesse livro.

 A única coisa que eu não gostei muito foi o final. Ele foi muito corrido, como se o prazo de escrita do James Dashner estivesse acabando. Ele deixou um gostinho de quero mais, deixou um gostinho de mais informações. Mas, talvez, esse seja o estilo do James. Sempre querendo mais.

 Mesmo assim, esse livro serviu para me deixar com saudades do mundo de Maze Runner. É um livro de futuro alternativo incrível, com personagens memoráveis, e claro, aquela narrativa de tirar o fôlego. Eu espero, do fundo do meu coração, que eu nunca precise dizer adeus para essa série.

 Os novos filmes vem aí.
 Já vou me preparando emocionalmente.

28 de dezembro de 2015

A 5° Onda vem aí...


 Vocês já ouviram falar do livro que está sendo considerado um dos melhores dos últimos tempos?

 A 5° Onda é um livro que está em todo lugar, e não é de menos. É uma distopia que mistura dois assuntos incríveis: um pouco de drama e suspense. O livro é do Rick Yancey, que tem uma narrativa envolvente e deliciosa, pelo o que eu pude constatar em ''O Mar Infinito.''

 Eu ainda nem li o livro, mas já é o primeiro na minha wishlist. Quando eu vi o trailer, e descobri que vai ser a Chloe Grace Moretz (minha linda, incrível e maravilhosa) que irá interpretar o papel principal, quase tive um ataque no coração. E é terrível, pois eu não li o livro ainda! Mas não tem problema, com livro ou sem livro, eu com certeza estarei na primeira fileira para ver o filme.

 A Editora Fundamento está fazendo um super marketing do filme, por isso clique aqui para ver a página onde ela mostra o trailer e fala um pouco também sobre a seleção de parcerias de 2016.

 Você ainda não leu o livro? Então aqui está a capa do livro e a sinopse :)



  Depois da primeira onda, só restou a escuridão. Depois da segunda onda, somente os que tiveram sorte sobreviveram. Depois da terceira onda, somente os que não tiveram sorte sobreviveram. Depois da quarta onda, só há uma regra: não confie em ninguém. Agora inicia-se A QUINTA ONDA. No alvorecer da quinta onda, em um trecho isolado da rodovia, Cassie foge deles. Os seres que parecem humanos, que andam pelo campo matando qualquer um. Que dispersaram os últimos sobreviventes da Terra. Cassie acredita que, estar sozinho é estar vivo, até que conhece Evan Walker. Sedutor e misterioso, Evan Walker pode ser a única esperança de Cassie para resgatar seu irmão — ou até a si mesma. Mas Cassie deve escolher entre a esperança e o desespero, entre a rebeldia e a entrega, entre a vida e a morte. Entre desistir ou contra atacar.

 E ainda não viu o trailer? Ele vai estar aqui também :)



 Acho que agora todos ficaram com vontade de ler o livro e/ou ver o filme. Saibam também que o livro com a capa do filme está com 30% de desconto na loja virtual da Fundamento. Que tal conferir? 

23 de dezembro de 2015

Mentirosos - E. Lockhart





Nome: Mentirosos
Autora: E. Lockhart
Editora: Seguinte
Páginas: 272







 Sinopse

 Cadence vem de uma família rica, chefiada por um patriarca que possui uma ilha particular no Cabo Cod, onde a família toda passa o verão. Cadence, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat (os quatro “Mentirosos”) são inseparáveis desde os oito anos. Durante o verão de seus quinze anos, porém, Cadence sofre um misterioso acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos, tentando juntar as lembranças sobre o que aconteceu.


 Opinião

 Quando peguei Mentirosos, olhei a capa e li a sinopse, não me interessei muito pela história. Admito que só comprei por causa da indicação da Pam Gonçalves.

 E eu amei.

 Mentirosos é narrado em primeira pessoa, pela Candence. Ela é a neta mais velha dos Sinclair, uma família rica e tradicional dos Estados Unidos. Os Sinclair são finos, loiros, magros, discretos, e, além de tudo, extremamente tradicionais. Casam apenas com pessoas igualmente loiras e magras, e vivem nesse ciclo tradicional e enjoativo, mas que é confortável para eles.

 Todos os verões, a Candence vai com a mãe dela para uma ilha particular dos Sinclair, onde mora Harris, avô de Candence e o patriarca da família. Nessa ilha, também vão as duas outras filhas de Harris e seus filhos. Candence se junta com os primos, Johnny e Mirren, e com Gat (que é sobrinho do marido de uma das filhas de Harris), e formam os Mentirosos.

 Cada um dos Mentirosos tem uma personalidade. Candence é poética, romântica, impulsiva. Johnny é irônico, frio, e mesmo assim carinhoso. E Gat. ''Meu Gat.'', como dizia Candance. Gat era indiano, tinha uma pele morena e tinha conceitos diferentes dos Sinclair. Não acreditava em Deus. Não queria riqueza, queria conhecimento, Ele, sem nenhuma dúvida, era meu personagem preferido. Ele e Candence se amavam. Era perigoso. E, mesmo assim, Gat a colocava sempre em primeiro lugar.

 No Verão dos Quinze, que é como apelidaram o verão que eles passaram na ilha quando tinham 15 anos, Candence sofreu um acidente. Não se lembra como e nem por que. Não se lembra quem ajudou ela, quem a encontrou. Tinha enxaqueca, tomava remédios, e amnésia.

 Qualquer coisa que eu falar sobre a história a partir de agora será um spoiler imenso. Então, vamos pular para qual foi realmente minha opinião.

 Até mais ou menos a metade do livro, eu não estava entendendo nada. Sabia da trama principal, mas ainda não tinha me familiarizado com nenhum personagem e trocava o nome de todo mundo. Quando finalmente a E. Lockhart contou qual foi o acidente, as coisas começaram a acontecer rápido demais (e, ao mesmo tempo, lentas demais) e foi quando eu realmente disse ''esse livro é uma das coisas mais fantásticas que eu já li na minha vida,''

 Tudo vai se encaixando. As memórias da Candence, as lembranças, os segredos. Nós acompanhamos todo o desenrolar da história, não só torcendo para a principal, mas para os Mentirosos. A família Sinclair, apesar de ser vista como fina e rica, esconde muitos segredos. As tias brigam pela herança das casas da ilha. As titas bebem. Harris é racista e preconceituoso. Seu único amor de verdade são suas terras.

 É ridículo. É injusto. E por isso, os Mentirosos fazem o que fazem no livro. Eles estão cansados de viver em uma mentira.

 A narrativa é poética e inspiradora. Nos dá frases em cada parágrafo, por isso meu livro acabou inteiramente cheio de post-its. A história nos faz refletir, pelo modo de vida da sociedade, tão tradicional e enjoativo. Nos faz ter mais esperança ainda nos jovens, pois eles são a salvação desse mundo doente. 

 Mentirosos é um livro mágico, que eu recomendo para todos. Você vai terminar de ler ele com uma cabeça mais aberta para mudanças e diferenças. Ele é lento no começo, mas o final é de tirar o fôlego. Eu lhe dou as minhas mais orgulhosas e brilhantes 5 estrelas. <3

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